domingo, 7 de dezembro de 2008

O PREÇO

Como custa ganhar o pão
Com o suor do rosto!
Quanto custa comprar o pão
Com o salário de agosto!

Feijão é artigo de luxo
Que bucho de pobre
Há muito não vê.

O arroz, pela hora da morte,
Entrou na lista do corte
Do próximo mês.

Carne nem pensar!
Beef só em dólar.
O boi subiu na bolsa,
Desequilibrou a balança
E o bolso do pobre
Não pode pagar.

Enquanto uns têm demais
É só fartura e abastança;
Ao pobre que trabalha
Só cabe a migalha
Que mal dá pra comer.

Um dia isso muda...
A esperança é a certeza
Que agosto precede a primavera
E outubro não tardará.

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