terça-feira, 20 de janeiro de 2009


ESSÊNCIA

Quando você desaparece
Todos os fantasmas somem.
Ficam apenas as suas sutilezas
Soltas no ar aqui e ali,
A revolver cinzas de incandescências passadas.

Ficam suas pegadas pregadas, postadas
Nos gritos calados dos versos
De um poema assimétrico, amorfo, polifônico,
Desmedido e sem medida,
Sem métrica.

Soçobram os versos brancos
Sem ritmo, sem rima, sem graça.
Só sobram versos em branco
Nas gavetas da memória.

2 comentários:

~PakKaramu~ disse...

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J.R. Lima disse...

Fantasmessência de de cada um no verso do verso...